Concurso de Santo André é marcado por outro erro

Um novo erro marca o tumultuado concurso público realizado pelo governo de Santo André dia 15, envolto a polêmicas. Desta vez, em vez do brasão da Prefeitura, utilizado para registrar o executor do processo, o gabarito da prova contém equivocadamente o emblema do time de futebol da cidade: o Esporte Clube Santo André, conhecido como Ramalhão, uma associação civil, de direito privado, sem qualquer relação direta com a administração.

Os aspectos preponderantes para a identificação não passam despercebidos tão facilmente. Embora os símbolos sejam parecidos, detalhes elementares diferem as logomarcas. No brasão do Paço há uma frase em latim (pavlistarvm terra mater), que significa terra-mãe dos paulistas. Enquanto o emblema do Ramalhão carrega seu próprio nome.

Devido ao problema encontrado na prova, o que ampliou os desacordos, candidatos ao preenchimento das 1.137 vagas na Prefeitura desqualificaram o concurso. “Não dá para levar a sério. São muitos erros”, constatou um dos inscritos.

A Prefeitura jogou a responsabilidade da falha para a entidade organizadora da concorrência: a Universidade Municipal de São Caetano. Segundo o governo Aidan Ravin (PTB), a USCS foi notificada a prestar esclarecimentos sobre o fato.





A USCS declara que, assim que se constatou o erro, o processo de impressão foi imediatamente interrompido e promovida a correção. Relata que, “infelizmente, por um equívoco”, algumas folhas com a imagem errada seguiram para a aplicação. Contudo, pondera que não é possível precisar o número de exames com o problema, considerando que “o fato não compromete rigorosamente em nada a realização da prova”.

O equívoco, porém, não é o único ponto polêmico do concurso. A administração chegou a cancelar a prova para procurador. Os postos estavam sendo disputados por integrantes do segundo escalão do governo, além de funcionários comissionados do departamento de licitações do Paço, conforme o revelado pelo Diário no dia 10.

UNIFORME

Essa não é a primeira vez que a confusão entre os brasões ocorre durante a gestão Aidan Ravin. Ao entregar tênis escolares na rede municipal em 2011, o produto apresentou o mesmo desacerto. Em parte do lote foi estampada a logomarca do time. À época, a empresa que confeccionou o material justificou que pegou o emblema da internet, escolhido por ter melhor resolução, alegando ser procedimento normal de trabalho.

Fonte: Diário do Grande ABC





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