Patrulha do Espaço comemora o Dia Mundial do Rock com show em Santo André

Em 1977, forma-se a banda Patrulha do Espaço com músicos de peso como Rolando Castelo e Arnaldo Baptista. Trinta e quatro anos depois, o grupo que foi um dos precursores de “rock duro” (hard rock) no Brasil  e ainda está na ativa foi convidado para dois eventos na cidade Santo André para celebrar o Dia Mundial do Rock (13 de julho).

Na quarta-feira (13/07), o baterista e líder da Patrulha, Rolando Castelo, vem ao projeto “Quartas Instrumentais” no saguão do Teatro Municipal (praça 4° Centenário, s/n°, Centro), às 20h, para apresentar “Os Grandes Bateristas dos anos 1960 e 1970”, que trata de pioneiros do rock. O workshop dura aproximadamente 1h15.

“Vou abordar estilos de gente importante como Mitch Mitchel, da banda do Jimi Hendrix, e Ginger Baker, do Cream, e John Bonham, do Led Zeppelin”, informou Castelo, considerado uma lenda da bateria no País. “Fico feliz em ser reconhecido pelo meu trabalho de mais de 40 anos com música.”

Já no sábado (16/07), o grupo faz um show no Central Rock Bar (av. José Antonio de Almeida Amazonas, 596, Vila Guiomar), a partir das 21h, com duração de 1h30. A vinda ao município faz parte da turnê “Base Rock”, que passou por Minas Gerais e agora percorre o estado de São Paulo para depois seguir para o Sul.





“Focaremos em composições de vários discos e apresentaremos uma faixa do novo álbum”, declarou o baterista. A banda, atualmente, está gravando dez músicas novas para o trabalho mais recente. Outra novidade é o retorno a palcos menores.

“Nos últimos quatro, cinco anos, nos concentramos em shows grandes e festivais pela estrutura, porém o público está em espaços pequenos, como bares e clubes”, disse Rolando ao classificar a ida a bares como um recomeço.

Brasilidade – Junto com as bandas Tutti Frutti e Made In Brazil, a Patrulha do Espaço foi responsável pela criação de uma espécie de rock nacional anterior ao movimento dos anos 1980, embalados por Cazuza, Legião Urbana, Titãs e Barão Vermelho.

De acordo com Castelo, o que fazia o som produzido pelos conjuntos dos anos 1970 diferente dos ingleses e americanos da mesma época era a originalidade oriunda da falta de equipamento e da ausência de maneiras de ter acesso aos métodos de tocar dos estrangeiros.

“Como não era possível copiar e ter os mesmos instrumentos e amplificadores, criávamos nossa forma de tocar e regular a parafernália. Creio que isso nos conferiu autenticidade. Imita-se muito hoje em dia a sonoridade de fora do País”, analisou.





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