Construído nos anos 70, Fórum de Santo André precisa de reformas

Sob as luzes de toda a imprensa do país, em virtude do julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, assassino da jovem Eloá Pimentel em 2008, o Fórum de Santo André, construído no início dos anos 70, necessita de urgente intervenção para reforma, ampliação e modernização de suas instalações.

Ao longo das últimas quatro décadas, a população de Santo André cresceu, assim como as demandas da Justiça, e as dependências do Fórum não comportam mais o intenso volume de audiências e julgamentos ali realizados.
Na semana passada, o engenheiro Edgard Brandão Jr., que é de Santo André e acompanha projetos e obras do Fórum desde antes de sua construção, postou em seu blog (http://edgardbrandao.blogspot.com/2012/02/forum-de-santo-andre.html) diversas fotos e um artigo sobre a depreciação daquele patrimônio.

Segundo relata Edgard – conselheiro da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santo André – a construção foi concluída pela empresa Teagasa-Paraná S.A. Engenharia com muita dificuldade e envolveu muita astúcia e habilidade da engenharia da prefeitura na oportunidade, visto estar a mesma em processo falimentar, e apresentou algumas características peculiares.

PROJETO
Naqueles tempos – explica Edgard – o governador do estado era Abreu Sodré. “Ele impôs a todas as cidades médias e grandes um projeto básico comum, porém muito simples que iria, se fosse utilizado, prejudicar o conjunto arquitetônico do nosso moderno e ousado Paço Municipal”. Edgard continua: “A administração da cidade de Santo André, na época da primeira gestão do prefeito Newton Brandão, através de seu secretário de Obras e Planejamento Urbano, arquiteto Rodolpho Mansueto Dini – com certeza um dos melhores técnicos da nossa prefeitura em todos os tempos – e do secretário Jurídico Haroldo dos Santos Abreu, não concordou com o projeto. Fizeram uma proposta de bancar um novo projeto e cobrir a diferença dos recursos orçados pelo governo do estado. Esse novo projeto era para construção de cinco andares e não três como é até hoje”. Entretanto o projeto da prefeitura não prosperou.





REFORMA
Passados mais de 40 anos “há que se pensar em modernidade”, pondera Edgard. Atualmente, o Fórum precisa de reforma urgente porque há locais com visível comprometimento da estrutura na sua cobertura.  Na opinião de Edgard “deveria ser projetada uma completa reforma e ampliação da área construída com a execução de mais dois andares, modernizando as atuais instalações, ampliando o espaço hoje em uso, com a possível construção de uma passarela interna paralela ao corredor atual, no lado sudeste. Ele propõe também que seja revista a atual conformação de acesso na avenida José Caballero, atualmente sem uso por questões de segurança, com construção de baia de acesso, isso tudo com completa revisão de suas estruturas, cálculos de projetos estruturais, principalmente para a recuperação do projeto original e também de um heliponto em sua cobertura.

ESTADO
Os investimentos “deverão ser custeados pelo governo do estado e eventual aporte de recursos da União, através do Ministério da Justiça, podendo a prefeitura participar como interveniente, elaborando o detalhamento e revisão dos projetos e procedendo a licitação pública”, sugere Edgard. Ele indica também que a prefeitura poderá providenciar a construção de uma garagem subterrânea através de uma PPP ou mesmo com investimento de sua iniciativa e recursos próprios (por exemplo, da exploração de Zona Azul) sob o jardim e passeio, incluindo lago artificial ao lado da Câmara, na confluência da avenida Portugal com avenida José Caballero e entre os prédios do Fórum e da Câmara Municipal, para uso de juízes, promotores, vereadores, servidores autorizados e usuários do Paço Municipal, gerando receita para amortização do investimento”.

Edgard lembra que o local possui inúmeras situações favoráveis de desnível, acessos e saídas que facilitam e barateiam o custo do empreendimento. “A topografia é excelente para esse tipo de obra e não há no local nenhuma canalização nem interferência ou mesmo agressão ao meio ambiente que seja impeditiva”.

Fonte: ABC Repórter





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