Após as compras de final de ano, chegou a vez das liquidações. Como forma de zerar o estoque, o comércio iniciou a temporada das ofertas. No entanto, os preços irresistíveis podem ocasionar problemas aos consumidores. O alerta é do Procon da cidade Santo André, órgão vinculado à Secretaria de Assuntos Jurídicos.
Atraídos pelos valores baixos dos produtos, alguns clientes acabam comprando compulsivamente, causando gastos excedentes e dívidas a perder de vista, de acordo com Ana Paula Satcheki, diretora do Procon. “A compra por impulso nunca é um bom negócio. Contudo, boas ofertas relacionadas a produtos, que são úteis para o dia a dia, podem se tornar um grande atrativo para consumidor.”
A diretora lembra que, na falta do dinheiro, o cartão de crédito é muito utilizado, pois pode oferecer vantagens, como acesso ao crédito imediato, praticidade no uso, opção de pagamento único ou parcelado sem juros, entre outras. “O consumidor deve se lembrar que se está comprando um produto para garantir um bom preço ao parcelar sua compra no cartão. Todo o desconto que tiver inicialmente se transformará em juros no momento do uso do crédito rotativo”, ressalta.
Ana Paula reforça ainda que a utilização do dinheiro de plástico deve ser planejada para evitar complicações futuras. “Sem dinheiro na mão, muitas pessoas utilizam o cartão de forma desenfreada, movidas pela ilusão. Quando recebem a fatura é que percebem o erro que cometeram.”
Liquidações
Ana Paula explica que as liquidações são boa opção para os consumidores que começaram o ano sem dívidas. “Já é uma tradição após o Natal a redução dos preços dos produtos, como os eletroeletrônicos, cujos descontos vão de 30% e podem ultrapassar 50%, dependendo da loja”.
Segundo a diretora, todo cuidado é pouco na hora da compra. “Na euforia, o consumidor pode levar mercadorias com problemas e ter dificuldades com rede de assistência técnica, peças de reposição, ou mesmo tamanho e cores no caso de roupas e calçados. “Além do mais, é muito importante prestar atenção em que consiste a oferta, pois é nesse momento que a condição da compra será ajustada, como, por exemplo, forma de pagamento, desconto, e até mesmo possibilidade ou não de trocar o produto por outro.”
Antes de comprar, o cliente deve avaliar o produto, verificar se possui garantia, se tem defeitos e se está dentro das normas técnicas estabelecidas pelos órgãos responsáveis. “Uma boa oferta é aquela que permite ao consumidor adquirir um produto com qualidade e bom preço. Nada adianta comprar algo barato, mas que não funciona ou não serve a seu propósito, nestes casos, prevalece o velho ditado: É o barato que sai caro”, ressalta Ana Paula.
Fonte: SECOM PSA
