Tetracampeão de ciclismo quer recomprar do ladrão bicicleta de R$ 25 mil roubada em Santo André

O ciclista Luis Carlos Amorim, 33, tetracampeão brasileiro da modalidade contrarrelógio – quando o ciclista compete sozinho, com o tempo cronometrado – teve a bicicleta de trabalho, uma Giant Trinity que vale R$ 25 mil, roubada, e, para recuperar o equipamento, aceita até recomprá-la do ladrão.

“Quem estiver com essa bicicleta saiba que tenho interesse em comprá-la de volta. Dou um jeito, faço algum empréstimo para pagar”, disse o ciclista.

O equipamento, que tem boa parte das peças fabricadas em fibra de carbono, é mais leve que uma bicicleta comum, possui design mais alongado que as bikes tradicionais é adaptado especialmente para Amorim, com modificações aerodinâmicas que levam em conta a altura e o peso do atleta.

“Tenho certeza de que será mais útil para mim do que para qualquer pessoa, pois ela é feita sob medida”, disse. Amorim informou ainda que parcelou a bicicleta, sendo que pagou a última prestação, no valor de R$ 1 mil, em dezembro do ano passado.  “Consegui comprar essa bicicleta com muito trabalho e suor. Fiquei pagando ela mais de um ano”, disse.

Apelo
Amorim chegou a compartilhar, na rede social Facebook, um apelo para ter o equipamento de volta. Segundo ele, o roubo coloca em risco até seu emprego, já que a performance dele depende da bicicleta.





“Fui contratado por Americana para essa temporada justamente por ser especialista e ter esse material. Meu sustento depende disso. E sem esse material corro risco de perder meu emprego já que não poderei participar de igual pra igual com os outros atletas nesse tipo de prova”, disse.

O apelo chegou a ser compartilhado pelo perfil da equipe de ciclismo da cidade de Americana. O técnico da equipe americanense, Wilson Rodrigues, disse esperar, agora, que quem roubou o equipamento faça contato. “É um instrumento de trabalho, ele precisa dessa bicicleta.”

Roubo
O roubo de sua residência, no bairro Cecília Maria, em Santo André, aconteceu no dia 3 de janeiro desse ano. Além da bicicleta, um notebook foi levado. “Recebi a ligação de minha sogra que avisou sobre o roubo da bike.”

Amorim estava em Americana, de onde partiria com sua equipe, a União Americanense de Ciclismo, para a Copa América, competição para a qual ele tinha levado somente a bicicleta usada nas provas de estrada.

A última vez em que usou a bike foi para a disputa da Volta Ciclística de São Paulo, em novembro. Segundo Amorim, a bicicleta não tem nenhuma utilidade a não ser como equipamento de competição.

“Não tem o que fazer com ela, porque é muito desconfortável. O banco é muito alto. Não serve para passeio”, disse.

Fonte: Bol.com.br





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